Nem que seja apenas para mudar de ares, mas toda viagem tem um objetivo. A América do Sul em geral, com justa exceção do nosso Brasil, não é o primeiro destino quando pensamos numa relaxante viagem de turismo. Muitos brasileiros enxergam a região sul-americana apenas como um cenário de aventuras ou como roteiro exclusivo de viajantes mochileiros, com serviços ruins e escassa estrutura turística. Ledo engano.
Pouco sabemos do nosso continente. Há quem diga que o Brasil vive de costas para a América do Sul. O que nos falta, mais provavelmente, é a cultura viajante – o que nossos amigos americanos, australianos e anglo-saxões absorveram já há bastante tempo. O que precisamos é encarar uma viagem como um grande investimento, uma experiência de vida, uma forma de aprendizado, vivência de culturas, conhecimento e, até mesmo, autoconhecimento. Viajar, percorrer nosso continente sem objetivos senão o de viver. Nada mais saudável.
A cultura é milenar – incas, quéchuas, aimarás... Quanto mais você vivencia, mais aprende e se interessa. Em poucos lugares, especialmente a região andina, o contato com indígenas é tão visível e intenso. Outras regiões instigam por sua imensa e silenciosa natureza, como a Patagônia, o Deserto do Atacama e a Cordilheira dos Andes.
Cordilheiras, cânions e desertos, e também geleiras, oceanos, lagos, florestas, savanas, salares, vulcões, a fauna, a flora, as relíquias históricas, os monumentos arqueológicos, as metrópoles, as cidades, os povoados, os aspectos culturais únicos no mundo... que jamais podem ser conhecidos sem nos desacomodarmos de nosso sofá e botarmos o pé na estrada.
É isto que queremos viver e mostrar nesta nossa viagem aos que nos acompanharem. A existência de um continente extraordinário, vibrante, diversificado, politizado, sempre em mutação, com muitas faces e repleto de atrações e belezas naturais.
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